Em apenas oito anos, dez mil mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil

Em menos de uma década — entre os anos de 2015 e 2023 — 10,6 mil mulheres foram vítimas de feminicídio no país. O dado é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e foi reportado pela Agência Brasil no início de março, dia 7. Apenas em 2023, 1,4 mil mulheres foram vítimas desse crime, que se trata de uma qualificação do crime de homicídio doloso (quando há a intenção de matar). 

“[O feminicídio] É o assassinato decorrente de violência contra a mulher, em razão da condição do sexo ou quando demonstrado desprezo pela condição de mulher. A lei que instituiu o dispositivo foi sancionada em março de 2015”, esclareceu a reportagem da Agência Brasil.

As 1,4 mil mortes desse tipo de crime que aconteceram no Brasil no ano passado representam uma taxa de 1,4 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. “O número apresenta um crescimento de 1,6% em relação a 2022”, frisou a Agência. 

“Mato Grosso registrou a maior taxa de feminicídios, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres”, enfatizou o veículo e notícias. Em segundo lugar nesse sentido aparecem os estados do Acre, Rondônia e Tocantins, com 2,4 mortes para cada 100 mil mulheres. 

A Agência também reportou que São Paulo foi o estado que registrou o maior número absoluto de feminicídios em 2023, com 221 casos. Contudo, a taxa dessa Unidade da Federação (UF) é menor do que a média nacional, com uma morte para cada grupo de 100 mil mulheres. “Em comparação com 2022, foi registrada alta de 13,3% no número de feminicídios no estado”, acentuou a matéria.

Quanto ao Distrito Federal, os dados apontam que houve crescimento de 78,9% nos feminicídios de 2022 para 2023, chegando a 34 casos no ano passado. “Com a alta, a taxa chegou a 2,3 mortes para cada 100 mil mulheres”, pontuou o texto. 

Ainda conforme o que destacou a reportagem da Agência Brasil, o maior índice de crescimento de feminicídio foi registrado em Roraima, que passou de três para seis em 2023 — sendo que a taxa no ano passado ficou em 1,9 mulheres para cada grupo de 100 mil.